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29 outubro 2011

OcuparLisboa Livestream


O livestream está ligado em “OcuparLisboa”.

Dou saltadas constantes e catrapisco a malta que contesta em amena confraternização e partilhas várias. Dentro de mim um sentimento vai crescendo. Um? Nada disso… muitos sentimentos se entrecruzam e nem sempre bonitos, confesso. Quase sinto inveja daqueles verdes anos. Como é bom sonhar, desejar, lutar por algo que se acredita. Quem pode apontar um dedinho? Só os de ideias curtas, infelizmente muitos.

Trata-se de um movimento pacifista, jovem de mentalidade. Um pequeno grupo que ao som de batuques, flautas, digideridu (não sei como se escreve sorry), viola, saltinhos para combater o frio, pequenas habilidades circences… vai acordando e tentando despertar os que preferem dormir em sonhos de espera.

Sempre foi mais fácil aguardar pelas resoluções. Sempre foi mais fácil criticar sem nada fazer.

Participar?! Para quê? Apanhar frio, chuva, aguardar pela comidinha, pela água. Esperar que deixem montar pequenas tendas para minimizar a molha e o frio…

São jovens, filhos de alguém, o meu está lá… e eu cá, dando saltadas constantes ao livestream.

E a alegria sempre que alguém aparece, sempre que alguém partilha, sempre que alguém olha? E a descoberta de não estarem sós? Importante sim!

Uma certeza se apresenta. Esta malta jovem criou grilhetas irrevogáveis entre si. Vivem o presente, o seu presente, mas também o presente que pretendem para todos os outros e, mesmo que os ideais não se concretizem, algo de muito importante já foi feito. Algo que os fará sentir valer a pena começar de novo, sempre e sempre e sempre que seja preciso, sempre que julguem ser preciso, mas jamais contra o que sentem.

Ah pois é… vou dando saltadas para ver a malta e, pacivamente, sinto vontade de também o ser.

Dou saltadas constantes em constantes saltadas de desejo de lá estar, é o que é!

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