São tão tristes esses sentires da alma
Cheios de enganadores gritos mudos
Que gritam em silêncios tão surdos
A cegueira que se pretende calma
Então as agruras
ficam nos fundos
Mascara-se de alegre o desamor
Alforroa-se com grilhetas a dor
Silenciam-se os suspiros profundos
Se ser o que não somos é tão forte
Expliquem-me tamanho escondimento
Mais valia gritar sinceros gritos
Ofertar à vida
silêncios aflitos
Chorar alto o insane sofrimento
Que de tanto choro matasse a morte
P.S. - Foi já esta música referenciada (e hoje colocada) num post que escrevi no início da existência destes meus "Pequenos Mundos". Sempre que a canto ou oiço lembro a minha querida amiga Raquel e as saudades que tenho de nós.
1 comentário:
E às vezes soltam-se sinceros gritos... Chora-se bem alto também!
Mas talvez por ser tudo tão espontâneo e gutural é difícil escrever o que se sente e de tão rápido e intenso, passar no momento para o papel...
Depois, não só é difícil matar a morte, como há coisas que são impossíveis de morrer de morte matada... Adorei o soneto!
Enviar um comentário