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13 maio 2007

Cumpra-se!





Foto: de minha autoria




Corre corpo meu por entre arvoredos ponteados de luzes e cores! Corre rápido e permite ao vento secar teu grito de dor, em suor transformado.

Floresta de mim, deixa-me cair nas folhas que perdes em desconsolado pranto e nelas ficar a contemplar o chilreado que rompe teu silêncio em sobressalto.

Do mergulho que faço à merda de vida que te ofereço, quero emergir entre forças de risos lindos, que tanto gosto de ter e esquecer que me engano fácil no acreditar.

Corpo meu, não permitas que a hóspede que albergas se livre da inocência e se revista de armaduras patéticas, porque, PROMETO-TE… um dia, um dia qualquer, de chuva ou de Sol, alargarei teu rosto em alegria petiz; um dia, correrás por entre esses mesmos arvoredos ponteados de luzes e cores, em êxtase de não estares só e, nessa altura, quero que deixes a alma voar junto aos pássaros, um voo desajeitado e inconsciente, um voo picado, rasante, em piruetas, um voo que te faça descansar em folhas de um pranto lindo, num silêncio cortado por jubilosos gritos e, nessa altura, preciso de minha alma nua.

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