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13 janeiro 2007

Perguntinha



Foto: de minha autoria




O Sol invadiu o meu sono.

Faço cálculos complicados em busca do dia da semana, se falhei alguma coisa enquanto dormia. Hoje é… sábado!!! e neste não trabalho. Revejo a situação. Certinho! Não tenciono abrir os olhos, não queeeeeeeero!, preciso descansar. Vá lá Solinho, só mais um pedacito. Afinal não trabalho… aiiii, grrr.

Vozes alteradas irrompem pelas paredes. Os vizinhos discutem em gritos e choros e acusações e silêncios.

Levanto-me tropegamente triste. Apetece-me dizer-lhes para terem calma, que se amam, olhem as crianças… e o Sol lindo que se apresenta em fim-de-semana? Hein? O mar que se adivinha forte e lindo, pejado de surfistas ansiosos?

Dói-me a cabeça!

Os choros chegam betonados. Choro também, silenciosamente, que não quero que me oiçam. Que raio de forma de acordar.

Mando-me em braços abertos para cima da cama, olhos postos na janela de sótão. Que mundo desajustado!!?!, parece uma roda dentada fora de sítio... Se lhe dessem um pontapezito talvez engrenasse.

Foi aqui que parei em saudades imensas de uma rosa a enfeitar a cesta larguíssima do pequeno-almoço. Foi também aqui que chorei compulsivamente, em enorme luta interior entre o chora e não chora, com o chora a ganhar por largas lágrimas.

Primeiro pensamento “lúcido” do dia: “- Ter saudades de coisas significará termos saudades de nós?”

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