Minha querida amiga.
Morreste e o mundo ficou mais pequeno e sem graça.
Acordo e um pouco da minha alegria deixa-se ficar dormindo. Não há motivos para rir, sabendo que morreste, que esse teu riso quente e envolvente só existirá na minha lembrança. Dói bem fundo!
Morreste e o mundo ficou mais pequeno e sem graça.
Acordo e um pouco da minha alegria deixa-se ficar dormindo. Não há motivos para rir, sabendo que morreste, que esse teu riso quente e envolvente só existirá na minha lembrança. Dói bem fundo!
Tenho saudades! Morro de saudades!
Sinto raiva, mais que tristeza!
No dia dos teus anos chorei enquanto olhava o Céu. Este, raiado de fios laranjas, trazia no ar o cheiro da Primavera dentro do Verão. Fumei um cigarro, sentada no chão, à entrada da casa de um amigo meu e lembrei-me mais uma vez dos nossos anos e da impossibilidade de os festejarmos de novo juntas.
Lembras?
Toda a gente me dizia que dava azar festejar os anos antes de os fazer – que era o meu caso - mas parece que não tiveram razão, pois não?... Ou tiveram?
Partiste minha amiga. Não sei se existe vida para além da morte, mas eu por cá estou triste e não me consolo. Assim, e de forma profundamente egoísta, perdoa-me, mas acho que afinal tive azar. Azar por ter ficado sem ti, azar por continuar a lutar pela vida, sem a tua ajuda, sem o teu sorriso sem a tua dádiva, essa tua maneira simples e admirada de ver e sentir o mundo, numa incessante alegre e contagiante descoberta.
Lamento!
Fica-me o teu riso, infantil, sonante e verdadeiro. Tão querido, tão único. Fica-me ainda as nossas conversas, as nossas brincadeiras, os nossos sonhos, fantasias, inventos, fica-me as consentidas “escapadelas” aos nossos maridos, para inocentemente bebermos um copo no “Copo de Três”. Só nós duas... e as nossas profundas, ainda que leves conversas, com o usual feedback.
Tínhamos tanto em comum. Tu gostavas tanto de mim, eu... gosto tanto de ti minha amiga!
Sinto raiva, mais que tristeza!
No dia dos teus anos chorei enquanto olhava o Céu. Este, raiado de fios laranjas, trazia no ar o cheiro da Primavera dentro do Verão. Fumei um cigarro, sentada no chão, à entrada da casa de um amigo meu e lembrei-me mais uma vez dos nossos anos e da impossibilidade de os festejarmos de novo juntas.
Lembras?
Toda a gente me dizia que dava azar festejar os anos antes de os fazer – que era o meu caso - mas parece que não tiveram razão, pois não?... Ou tiveram?
Partiste minha amiga. Não sei se existe vida para além da morte, mas eu por cá estou triste e não me consolo. Assim, e de forma profundamente egoísta, perdoa-me, mas acho que afinal tive azar. Azar por ter ficado sem ti, azar por continuar a lutar pela vida, sem a tua ajuda, sem o teu sorriso sem a tua dádiva, essa tua maneira simples e admirada de ver e sentir o mundo, numa incessante alegre e contagiante descoberta.
Lamento!
Fica-me o teu riso, infantil, sonante e verdadeiro. Tão querido, tão único. Fica-me ainda as nossas conversas, as nossas brincadeiras, os nossos sonhos, fantasias, inventos, fica-me as consentidas “escapadelas” aos nossos maridos, para inocentemente bebermos um copo no “Copo de Três”. Só nós duas... e as nossas profundas, ainda que leves conversas, com o usual feedback.
Tínhamos tanto em comum. Tu gostavas tanto de mim, eu... gosto tanto de ti minha amiga!
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